Ouço meu cérebro chorar
Máquina seminova a enferrujar
Pouca peça faz-me andar
Mas, impulso diverso faz-me sonhar!
Sonho bom, sonho ruim e vazio
Que tanto serve de alento a este bio
Na desgraçada caminhada a este estio
Tem-me arrastado e me limitado a este fio!
Minúscula fibra deste corpo apodrecido
Vereda, caminho do poeta esquecido
A marcha do tempo, assim a vida tem sido
Uma poesia azeda e cuspida
Uma solidão vácua e ferida
Que os céus não explicam nesta minha lida!
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